Quando editas apenas a pensar em ti, tens como objetivo refletir fielmente como te sentes no momento, e não nas redes sociais ou noutras pessoas. Essa ligação pessoal é o que faz com que uma imagem tenha sucesso para mim. Eu foco-me em criar imagens para mim, não para terceiros.
Fotógrafos de eventos, fotojornalistas, fotógrafos de desporto e da vida selvagem fotografam frequentemente a pensar nos outros, mas é aí que surge um cruzamento interessante. Acredito que não existe arte objetivamente excelente; ofício objetivamente excelente, sim, mas não arte.
Por outras palavras, a arte é a soma das experiências de vida de uma pessoa até ao momento da criação. Quando capturamos uma fotografia, realizamos uma ronda inicial de seleção e as rondas subsequentes refinam-na ainda mais. A forma como escolhemos editar, molda essas escolhas. Se estiveres a editar para outras pessoas, lembra-te de que nem sempre verão ou sentirão o que vês ou sentes, a menos que a tua apresentação seja universalmente identificável.
Isto leva-nos a um ponto crítico: encontrar a essência de uma imagem. Pergunta-te a ti mesmo que elementos a tornam mais forte, mais fraca ou que não acrescentam nada. Se algo não melhorar a imagem, remove-a. Se houver um elemento na imagem que tenha potencial, mas que necessite de melhorias, trabalha-o.
O processo de edição envolve a escolha e encontrar o que é importante e enfatizá-la ou não. Para além da seleção, o principal objetivo da edição é apresentares a tua verdade emocional dentro do enquadramento, e não uma realidade objetiva.